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A hipocrisia como política externa

Numa política externa dogmática, uma ditadura de esquerda é uma ditadura de esquerda. Já uma ditadura de direita é um aliado e um parceiro comercial. 

 

Jamil Chade – 29 Oct 2019   Bolsonaro durante fórum de negócios em Abu Dhabi, em 27 de outubro.

Foto: Bolsonaro durante fórum de negócios em Abu Dhabi, em 27 de outubro.

A coerência de um líder é, provavelmente, uma de suas maiores virtudes para conquistar credibilidade internacional e respeito.

Questionar uma ideologia, sempre que dentro da lei, é legítimo.

Preferir um certo caminho econômico, desde que não retire direito fundamentais de seus cidadão, é sempre uma opção. 

O que não é uma opção é a hipocrisia.

 

Desde que assumiu o Governo, Jair Bolsonaro colocou Nicolas Maduro e Havana como seus maiores inimigos no hemisfério. Para questionar e tirar qualquer tipo de legitimidade do Governo de Caracas, ele e seu chanceler, Ernesto Araújo, fizeram questão de denunciar o caráter autoritário do regime venezuelano.

Cuba é também uma obsessão do atual Coverno. Com pouca relevância hoje no mundo, a ilha caribenha mereceu espaço nobre no discurso do presidente na Assembleia Geral da ONU. Poucos dias depois, de próprio punho, Araújo mandou instruções a seus diplomatas para que usassem uma reunião das Nações Unidas para atacar Havana. Uma embaixadora chegou a alertar que aquele ataque era desnecessário. Mas ordens são ordens.

Brasília está errada em denunciar as violações em Cuba e Venezuela? Não necessariamente. A própria ONU, desprezada por Bolsonaro, acusa o governo de Maduro de ter montado uma verdadeira máquina de repressão. Antes mesmo da intensificação da crise, a cúpula das Nações Unidas já alertava para o fato de que a democracia estava ameaçada em Caracas.

  • Mas o problema é quando se opta por chamar Maduro de ditador e os cubanos de ameaça,
  • enquanto fecha-se os olhos para afirmar, com orgulho, que temos “afinidades” com um príncipe saudita acusado das piores atrocidades.

Ao desembarcar num dos regimes mais repressores do mundo, a Arábia Saudita, o chanceler publicou comentários nas redes sociais contra o novo governo argentino. Um dos argumentos de seu ataque era de queAlberto Fernandez estaria apoiando ditaduras.

Riad e sua opressão contra a liberdade de imprensa pareciam não constranger os membros do Governo brasileiro. Tampouco parecia ser um problema o papel secundário que se dá à mulher. Ápice da falta de coerência foi ainda o comentário do presidente de que as mulheres desejariam passar uma tarde como o príncipe saudita, como ele fez.

Em junho, estive com Hatice Cengiz, a noiva de Jamal Khashoggi, jornalista saudita morto dentro de um consulado saudita. Ela apelava para que Bolsonaro cobrasse o príncipe Mohamed Bin Salmam pela morte do crítico ao regime. Os elogios do brasileiro ao herdeiro do trono soaram com um solene ato de chancela e um recado: esse assunto não nos incomoda.

Tudo tinha um preço.

  • Ao final do encontro, o Governo anunciou investimentos de 10 bilhões de dólares por parte dos sauditas no Brasil.
  • O silêncio cúmplice sobre mortes, abusos e golpes sobre a dignidade compensavam.
  • Se a oposição simplesmente não tem o direito de existir, talvez essa conversa fique para uma outra ocasião.

Essa não foi a única vez em que o Governo Bolsonaro traçou uma linha para diferenciar entre ditaduras. Há poucas semanas, num comunicado, Brasília criticou o fato de o governo Maduro ter sido eleito para o Conselho de Direitos Humanos da ONU. Mas mandou parabenizar regimes como o da Mauritânia, Sudão e outros, também eleitos.

Agora, a turnê de Bolsonaro pelo Oriente Médio reforça necessidade de esclarecimentos urgentes. Para além de suas afinidades com um príncipe acusado de repressão, Bolsonaro precisa explicar o que entende exatamente por “democracia” ou “ditadura”.

Sem uma explicação, temos duas hipóteses.

  • Na melhor delas, sabemos que somos governados por hipócritas. Um aliado de Donald Trump que seja uma ditadura é um amigo. Uma ditadura que seja adversária da Casa Branca é um governo ilegítimo e que merece nosso desprezo. Numa política externa dogmática, uma ditadura de esquerda é uma ditadura de esquerda. Já uma ditadura de direita é um aliado e um parceiro comercial.
  • Na pior das hipóteses, porém, o temor é de que tenhamos um chefe-de-estado que considere que, em algumas situações, abolir o estado de direito, os direitos humanos e a democracia sejam atos legítimos.

Numa política externa que supostamente defende valores democráticos e de liberdades individuais, o comportamento do Governo na Arábia Saudita é a comprovação de que a diplomacia nacional é guiada pela hipocrisia típica das ideologias. Hipocrisia essa, porém, incapaz de abafar o insuportável grito das vítimas e de uma dor que não conhece ideologia.

 

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Jamil Chade

é correspondente na Europa desde 2000, mestre em relações internacionais pelo Instituto de Altos Estudos Internacionais de Genebra e autor do romance O Caminho de Abraão (Planeta) e outros cinco livros.

Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/30/opinion/1572393937_915875.html

Mais informações:

  • Chanceler Ernesto Araújo sobe tom e diz que “forças do mal” celebram eleição argentina
  • Alberto Fernández vence Macri e será o próximo presidente argentino
30 de outubro de 2019 | Categoria: Governo Bolsonaro: uma política externa hipócita

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