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  A guerra dos papas »

Entrevista de João Tavares a Aliny Gama – UOL – SP

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* Boa tarde. Estamos redigindo texto sobre o pedido do bispo emérito do Xingu sobre a liberação de líderes religiosos serem ordenados padres. Gostaríamos do contato do senhor João Tavares ou alguém da associação de padres casados para falar sobre o assunto em uma entrevista por telefone. Obrigada. Aliny Gama – Jornalista do UOL

* Aliny, acabo de ler sua mensagem. Mas, por vários motivos, não dou entrevista por telefone. Só respondo a perguntas enviadas por e-mail. São assuntos difíceis e delicados. 

Se enviar as perguntas, eu respondo. João Tavares

 

A ENTREVISTA

– Como o senhor avalia o pedido do bispo emérito do Xingu sobre a liberação de homens religiosos casados para serem ordenados padres?

R/O pedido de Dom Erwin Krautler é coerente com a realidade pastoral da Diocese do Xingu. Com 368.000 Km. quadrados, maior do que a Itália ou o Maranhão, com mais de 700 comunidades. Com um número muito pequeno de padres que as visitam ao máximo uma vez por ano, essas comunidades vivem sem a Eucaristia que é a fonte e o ápice da vida cristã.

O Concílio Vaticano II, no Decreto “Presbyterorum ordinis”, é taxativo:

“Nenhuma comunidade cristã se edifica sem ter a sua raiz e o seu centro na celebração da santíssima Eucaristia, a partir da qual, portanto, deve começar toda a educação do espírito comunitário” (PO 6).

E o Documento de Aparecida, de que o Papa participou, ainda com arcebispo de Buenos Aires, diz também

“Sem uma participação ativa na celebração eucarística dominical e nas festas de preceito, não existirá um discípulo missionário maduro” (DAp 252).

Se isso é verdade, é uma gravíssima responsabilidade da Igreja resolver esse grande problema. Dom Erwin falou disso com o Papa Francisco que entendeu e, na fala dele aos bispos quando veio ao Brasil, os desafiou a fazerem propostas corajosas.

Numa das visitas de Dom Erwin ao papa Francisco, em que se queixou dessa realidade triste das Comunidades sem Encaristia, Francisco respondeu:

“Eu falei aos bispos no Rio de Janeiro (JMJ). Eles precisam fazer propostas corajosas para podermos enfrentar essa situação”.

 Uma das propostas a ser discutida no próximo Sínodo sobre a Amazônia é, então, ordenar sacerdotes homens casados maduros e bem aceitos em sua comunidade.

– No pedido, é para líderes religiosos apenas na região amazônica. O que o senhor acha disso? Deveria ser ampliado?

R/ Conforme Francisco já disse recentemente, isto vale para a Amazônia e para qualquer parte do mundo onde haja grave escassez de sacerdotes. O princípio é: as comunidades cristão têm direito à Eucaristia. Portanto a Igreja tem o grave dever de garantir esse direito fundamental. Inclusive, talvez, daqui a poucos anos, também na Europa, onde os seminários estão quase vazios

– Com essa liberação parcial, abre esperança de ex-padres para a igreja católica liberar o celibato?

R/ Não usamos a expressão ex-padres, porque é teologicamente incorreta: o sacerdote, casado ou solteiro é sacerdote para sempre, pois recebeu uma marca indelével em sua alma que a Teologia chama de “caráter”.

Pelo que me consta, não é essa a intenção de Francisco, por agora. Se bem que me convenço sempre mais que o Papa e a hierarquia como um todo, teimosamente arraigados no princípio, a meu ver, muito pouco fundamentado, do valor do celibato sacerdotal na Igreja católica ocidental, estão perdendo uma mão de obra muito qualificada, em cuja formação investiu imensos recursos.

Dos cerca de 150.000 padres casados hoje no mundo, muitos estariam disponíveis para voltarem ao ministério e ajudarem a garantir a assistência religiosa. São pessoas bem formadas, com espírito missionário, em muitos casos bem mais capacitados intelectual, moral, pastoral e espiritualmente que muitos da ativa.

Gosto muito do papa Francisco. Mas, nesse ponto, ele ainda não teve coragem de avançar. Talvez por medo de uma ruptura, de um cisma na Igreja, pois está muito acuado por poderosos inimigos, dentro e fora da Igreja.

– O senhor avalia o celibato como opcional?

R/ Aprecio muito o celibato, se ele for autêntico e fonte de alegria e realização para o padre celibatário. E se o deixar mais livre para uma total dedicação ao ministério.

Mas, pelos vistos, para a maioria, o celibato não é isso, mas sim fonte de sofrimento pessoal e também de contínua tensão física e psicológica que tem levado a gravíssimos escândalos: padres com filhos não assumidos; padres com amantes nunca assumidas; muita e crescente homossexualidade; pedofilia e efebofilia em larga escala; fuga na vontade de ficar rico, no alcoolismo ou até no suicídio. Recentemente 18 padres se suicidaram no Brasil.

Além disso, vários padres, celibatários para o Reino de Deus, vão ser professores em escolas públicas ou privadas, psicólogos, capelães militares, isto é:  comprometem seriamente sua dedicação total ao ministério sacerdotal.

A meu ver, o celibato deveria ser opcional, pois muitos têm vocação e capacidade para o ministério, para a dedicação da vida ao sacerdócio, mas não têm  a vocação ou o carisma do celibato. Que lhes foi imposto como condição inarredável para serem ordenados: ou aceitas o celibato, ou não podes ser ordenado padre!

– Como foi para o senhor ser obrigado a deixar a batina? A igreja informou que o senhor não poderia continuar ou o senhor quem comunicou?

R/ Isto daria, sozinho, uma grande entrevista. Mas, resumindo, não fui obrigado a “deixar a batina”, a deixar o ministério. Fui eu que pedi, de “minha livre vontade”. Bem que eu gostaria muito de casar e continuar no ministério, de que sempre gostei e para o qual fui longamente e bem preparado. Mas não existia essa alternativa. Por isso pedi a Roma dispensa da minhas obrigações religiosas e sacerdotais.

A licença de Roma, que costumava demorar seis meses,  demorou 13 anos para chegar, porque a Cúria Romana constatou que eu era um bom padre e não deveria ter saído do ministério. Já casado no civil e com duas filhas, me perguntaram se eu não queria voltar ao ministério.  Achei a pergunta desonesta, imoral.

Respondi que voltaria, sim, se pudesse continuar com minha família com a qual tinha responsabilidade inarredável…

Pouco depois chegou a dispensa para poder casar no religioso.

– Quanto tempo o senhor foi padre? Quanto tempo de casado?

R/ Padre, ainda sou, só que casado. Exerci o ministério por quase 12 anos, no sul do Maranhão. Estamos com 40 anos de casados

– O senhor casou na igreja?

R/ Sim, como expliquei acima. Na minha paróquia, com vários padres concelebrando, com a igreja cheia e com coral gregoriano de que fazemos parte. Exatamente tudo o contrário do que recomendava o documento vindo de Roma, que impunha um casamento escondido e uma série der outras imposições estranhas e humilhantes. Logo a nós que sempre cultivamos a fé,  sempre fomos engajados na vida de nossa paróquia e de nossa arquidiocese… Menos mal que nossos bispos e padres locais são bem mais livres e de cabeça bem mais aberta que a Cúria romana.

– O senhor participa de alguma ação da igreja católica?

R/ Sim. Sempre que solicitados, damos palestras nas paróquias. Minha esposa é formadora de leigos, sobretudo no que se refere à formação bíblica.

Além de muita dedicação ao MFPC (Movimento das Famílias dos Padres Casados),de que faço parte ativa desde 1983. Atualmente dirijo o “Site” do Movimento/Associação: www.padrescasados.org 

Apesar de sermos um grupo independente da Hierarquia, nos sentimos um grupo não da Igreja, mas na Igreja. Também sou o responsável pelas relações internacionais e colaboro bastante na animação do MFPC nacional e dos grupos estaduais, agora sobretudo pelo WhatsApp e por e-mail.

– O senhor pensa em voltar a atuar como padre, caso seja liberado para religiosos casados?

R/ Iria pensar no caso e analisar a oportunidade. Mas com algumas reservas e exigências, pois não concordo com tudo o que se faz na pastoral diocesana. A começar por essa avalanche de diáconos casados que não sei bem se são mini-padres ou super-leigos. Acho que os bispos e os próprios diáconos também não sabem. E o povo cristão fica a olhar sem entender. 

Temo que eles tomem o lugar e ponham para escanteio excelentes leigos nas várias Pastorais, se sintam uma casta superior, privilegiada, e aumentem ainda mais o clericalismo-poder que tanto o Papa Francisco critica. Diácono, em grego, é o servo, o que serve, o que cumpre funções. Nos Atos dos Apóstolos: homens escolhidos pela comunidade e confirmados pelos Apóstolos para atenderem às necessidades da concretas comunidade, para deixar os Doze livres para a oração e a pregação da Palavra de Deus (At, 6.2) 

O clericalismo, usar a ordenação para se sentir acima dos outros, privilegiados,  é também um perigo caso ordenem sacerdotes homens casados com quase nenhuma preparação específica. 

 

PS

Aliny, espero ter respondido a contento às sua perguntas. Me reservo o direito de publicar na íntegra esta Entrevista no nosso Site: www.padrescasados.org , depois que você usar este material para sua reportagem ou artigo sobre o assunto. Fique à vontade para usar estas minhas respostas no seu trabalho. Mas peço cuidado para não usar minhas palavras fora do contexto. 

João Tavares

  • Do setor de comunicação do MFPC
  • Vice-presidente da Federação Latino-americana de Padres casados
15 de julho de 2019 | Categoria: Abusos sexuais, Amazônia, celibato e sexo, Dignidade humana, Entrevista, Erótica e vida cristã, Fé e Razão, Igreja na Amazônia, MFPC, Ordenação de homens casados, Padres casados, Pedofilia, Probi Viri

3 comments to Entrevista de João Tavares a Aliny Gama – UOL – SP

  • Luís Antônio Caon
    16/07/2019 at 23:55

    João Tavares foi objetivo e profundo na entrevista para UOL. Gostei também porque deixou claro que as famílias dos padres casados exercem o ministério de serviço e estão contribuindo uma sociedade mais justa e fraterna.

  • Vilmar Locatelli
    16/07/2019 at 23:55

    Excelente entrevista, muito esclarecedora! Com certeza o celibato opcional, pode fazer muito bem para toda a Igreja!

  • Daniel Herrera Neto
    16/02/2020 at 23:55

    Prezada senhora Aliny Gama, bom dia
    Obrigado pela oportunidade de escrever.
    Importante comentar sobre uma matéria que a senhora colocou sobre uma aula onde havia símbolo nazista.
    A senhora refere-se ao simbolo como suástica. Importante esclarecer que a suástica é um símbolo exotérico e de grande energia positiva e o simbolo usado por Hitler era ao contrário, digo, girando no sentido anti-horário e inclinado 23 graus e o nome correto é solvástica, simbolo altamente negativo e que não deveria ser nem se quer pensado e, Hitler usou este simbolo para avisar a humanidade que ele veio à face da terra para destruir, pois pegou um simbolo altamente exotérico, como mencionei, e inverteu e a inclinação é a mesma do planeta terra que qdo, houve a catástrofe de Atlante ,onde o eixo da terra era na vertical, inclinou 23 graus para dar inicio a raça ariana e a formação das quatro estações. Isto que escrevo é 100% verdade. Meu endereço e contato estão abaixo. Fraterno abraço

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