“O Santo Padre, depois de ouvir o Conselho dos Cardeais, convocou uma reunião com os presidentes das conferências episcopais de todo o mundo para falar da prevenção de abuso de menores e adultos vulneráveis”,disse a vice-diretora da assessoria de imprensa do Vaticano, Paloma García Ovejero.
O conselho de nove cardeais que assessora o pontífice, conhecido no jargão do Vaticano como C9, comunicou nesta quarta-feira que Francisco convocou os presidentes das conferências episcopais de todo o mundo para um encontro nos dias 21 a 24 de fevereiro na Santa Sé para pôr fim ao escândalo e tomar medidas que permitam erradicar esses abusos.
A decisão do Papa é, em suma, um chamado à ordem para todos os generais da Igreja e constitui um passo à frente para a unificação das medidas de prevenção e punição.
“O Santo Padre, depois de ouvir o Conselho dos Cardeais, convocou uma reunião com os presidentes das conferências episcopais de todo o mundo para falar da prevenção de abuso de menores e adultos vulneráveis”,
disse a vice-diretora da assessoria de imprensa do Vaticano, Paloma García Ovejero.
Interior de uma igroja alemã, na semana passada Foto:PATRICK PLEULGETTY
Na mesma linha, Francisco receberá nesta quinta-feira o presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, Daniel DiNardo, e vários bispos daquele país. O encontro ocorre no contexto dos escândalos de abuso que atingiram a Igreja nos EUA nos últimos anos e, mais especificamente, na Pensilvânia.
Além de DiNardo, irá ao Vaticano o cardeal e arcebispo de Boston, Sean Patrick O’Malley, que também é presidente da Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores e uma das vozes mais críticas do Vaticano por sua fraca resposta a alguns escândalos. O arcebispo de Los Angeles e vice-presidente da Conferência Episcopal, José Horacio Gómez, e o secretário-geral, Brian Bransfield, também viajarão.
Não compareceram à sessão do C9 os cardeais
Francisco Javier Errázuriz Ossa, arcebispo emérito de Santiago e muito questionados no Chile pelos escândalos de abuso de menores, ocultos pela Igreja daquele país;
George Pell, que enfrenta um julgamento na Austrália relacionado a abuso sexual;
e Laurent Monsengwo Pasinya, arcebispo de Kinshasa e primaz da República Democrática do Congo.
As três ausências apontam para uma renúncia iminente. Na segunda-feira, o C9 já havia explicado em um comunicado que tinha proposto ao papa Francisco uma reflexão sobre “o trabalho, estrutura e composição do conselho”. Uma reflexão necessária
por causa de questões de idade,
mas que corresponde a problemas muito mais sérios no caso de Pell e Errázuriz
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