Isso trouxe
- sangue novo,
- ideias de rutura
- e grande dinamismo.
Se antes se pensava que a população é um fardo para o progresso do país, ela passa a ser um fator de rentabilização dos investimentos, com mais utilizadores; ela é o dividendo demográfico. Para tal é necessário que os produtos/serviços sejam acessíveis, por uma baixa de preços conseguida com inovações. Em cada baixa, uma nova camada social, que antes não tinha meios, tem agora acesso.
Foto inIn: https://i.ytimg.com/vi/_7NuDNBh3Zw/0.jpg
Assim se chegou ao ano 2015 com mais de 950 milhões de linhas de rede móvel instaladas, 850 milhões das quais ativas. E para surpresa das mentes tradicionais, todos ganhavam:
- os operadores, embora ganhando menos por cliente, mas ao serem aos milhões, as receitas cumpriam-se bem;
- ganhavam os clientes, pois estar conectado trazia mais trabalho e rendimento;
- sem perdas de tempo para passar mensagens e mudar os planos;
- e muita economia paralela, pois o telefone permitia adquirir serviços e fazer melhores vendas sem dispêndio de tempo.
Começou a penetrar a internet e a generalizar-se com os smartphones. Acesso
- pela rede fixa telefónica
- e, maior ainda, pela rede móvel,
- e agora wi-fi.
Para isso há que instalar um router para receber/enviar o espetro de frequências de/para a torre de difusão.
A genialidade da RJio foi de oferecer com a subscrição um router. O sinal G4 da Jio cobria 80% do país, aquando do seu lançamento cobrirá até 2018 todo o território. Nesta operação, de dezembro de 2016 até hoje, a RJio adquiriu mais de 125 milhões de clientes, que nesse tempo receberam gratuitamente a voz e os dados.
Agora vem o novo salto: todos podem aceder à comunicação em G4, mais difundida do que a G2, pela Reliance, faltando o smartphone para G4. A Reliance Jio oferece-o, com certas app (aplicações) úteis já instaladas: é o smartphone reduzido (smartphone r), para a voz e os dados sem limite, ao custo de 153 rupias (2,35euro) por mês. Recebe-se o smartphone r da RJio com uma caução de 1,500 rupias (23euro), que será devolvida no final do terceiro ano, ao devolver o smartphone r. Nesses 3 anos ele fica bloqueado, só ao serviço da RJio.
A Reliance vai disponibilizar 5 milhões desses smartphones por semana, a partir de setembro; ou 260 milhões no final do primeiro ano. Há mais de 500 milhões que utilizam aparelhos em G2 e que talvez não se mudassem por causa do custo do smartphone. E agora é sem custos! Assim, a base da pirâmide
- pode entrar na economia digital,
- com aceso à internet rápida e em banda larga,
- em contacto com o mundo, a custos ínfimos.
Há uns anos a Fortune constatava, com admiração, que a Reliance estava a lançar fibra ótica pela Índia, à razão (se não me falha a memória) de 100 km por dia. Talvez Ambani já tivesse vislumbrado que na banda larga estava o futuro, sem saber ainda como… A Reliance lançou 277 mil quilómetros de fibra que permite hoje comunicação rápida, em banda larga, por toda a Índia. Foi uma grande visão para tornar a Índia digital, inclusiva, sem deixar ninguém, nem nenhum recanto do país, de fora.
Professor da AESE Business School e Dirigente da AAPI – Associação de Amizade Portugal-Índia
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