A posição do Papa foi revelada durante o documentárioFrancesco, que estreou esta quarta-feira no Festival de Cinema de Roma.
- O filme incide sobre a forma como o Papa, escolhido em 2013, aborda questões sociais,
- sobretudo entre aqueles que vivem “nas periferias existenciais”, explica a Catholic News Agency.
Havia uma grande expectativa de que o casamento entre pessoas do mesmo sexo fosse abordado durante o sínodo da família, em 2015, mas não houve desenvolvimentos.
Na altura,
- o Vaticano vivia uma “guerra surda”
- entre as alas conservadora e progressista,
- onde Francisco se insere.
Nessa altura, o Papa afirmou que “não deve haver nenhuma confusão entre a família desejada por Deus e outros tipos de união”.
“Penso que é um grande passo em frente”,
disse ao The Washington Posto reverendo James Martin, que há muito defende o acolhimento de homossexuais na igreja.
- “No passado, até as uniões civis eram olhadas de lado em vários quadrantes da igreja.
- Ele está a pôr o seu peso a favor do reconhecimento legal das uniões entre pessoas do mesmo sexo”,acrescentou.
Quando era arcebispo de Buenos Aires,
- Francisco opôs-se aos planos do Governo de aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo,
- mas mostrou-se favorável a outro tipo de reconhecimento legal.
No livro On Heaven and Earth, publicado em 2013, o Papa
- não rejeitava a possibilidade de reconhecimento de uniões civis,
- mas defendia que leis que “equiparam”uniões homossexuais a casamentos
- são uma “regressão antropológica”.
As declarações de Francisco podem não marcar uma alteração imediata da doutrina da Igreja Católica em relação ao acolhimento de homossexuais, mas representam uma abertura e uma mudança de mentalidades. O seu antecessor, Bento XVI, descrevia a homossexualidade como um “intrínseco mal moral”.
Leave a Reply