Foto: Papa Francisco com uma comunidade indígena da Amazónia no Vaticano VATICAN MEDIA/REUTERS
Papa Francisco anuncia que vai convocar comissão para analisar questão de ordenar mulheres como diaconisas.
O documento final do Sínodo da Amazónia, que decorreu no Vaticano, recomendou formalmente ao Papa Francisco que levante a restrição em vigor há mil anos de ordenar homens já casados como padres – mas apenas na região da bacia amazónica, e para combater uma escassez de padres.
No entanto, abre-se uma porta relativamente ao celibato dos padres que poderá vir a tornar-se revolucionária. As zonas remotas da Amazónia poderão tornar-se um laboratório para testar como alargar esta abertura ao resto da comunidade dos fiéis da religião católica.
A proposta foi aprovada por 128 votos a favor e 41 contra, diz a Reuters. O Papa Francisco vai avaliá-la, juntamente com outras que saíram desta reunião de três semanas de bispos e outros responsáveis ligados às questões da Amazónia, para elaborar um documento próprio.
O Papa Francisco anunciou também que
- iria voltar a convocar uma comissão
- para estudar a história das diaconisas nos primeiros séculos da Igreja Católica,
- em resposta aos apelos feitos por mulheres actuais que gostariam de assumir papéis semelhantes aos relatos pelos apóstolos.
São Paulo, ou Clemente de Alexandria e também textos seculares
- referem o papel de mulheres
- que eram ordenadas e prestavam serviços pastorais e litúrgicos, pelo menos até ao século X,
- e sobretudo em Constantinopla.
Poderiam não celebrar missa, mas estariam aptas
- a pregar,
- a prestar os ensinamentos da igreja,
- a baptizar e a conduzir casamentos, funerais
- e até gerir uma paróquia, com a permissão de um bispo.
Mas as forças mais conservadoras da Igreja Católica opõem-se a esta possibilidade.
“Ainda não entendemos o significado das mulheres na igreja. O seu papel deve ir muito para além das questões de função”, afirmou Francisco.
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