• Início
  • Quem Somos
    • Diretoria Executiva Nacional e Conselhos
    • Encontros Nacionais
    • FOTOS – FORTALEZA – 2012
    • Nossa História
    • Manifesto
    • Primeiro Boletim
    • Primeiro Encontro
    • Primeiros Encontros
  • Estatuto
  • Contatos
  • Jornal Rumos Arquivo
 
 
  • Jornal Rumos
  • Fotos & Vídeos
  • Virtudes
    • Biotecnologia
    • bondade
    • Carinho-Ternura
    • Cuidado
    • Drogas
    • Espiritualidade
    • Humorismo
    • Justiça
    • Saúde
    • Solidariedade
    • Vida
  • Notícias
    • Cultura
    • Entrevistas
    • Curiosidades
    • Educação
    • Meio Ambiente
    • Medicina
    • Personalidades marcantes
    • Resenhas de Livros
    • Tecnologia
  • Brasil
    • Corrupção
    • Corrupção na Petrobras
    • Ditadura
    • Ética e Bom Senso
    • Imprensa Golpista
    • Mídia alienante
    • Protestos de rua
    • Tortura na Ditadura
    • Trabalho Escravo
  • Igreja
    • CEBs
    • Celibato
    • Clero conservador
    • Corrupção na Igreja
    • Cristãos Perseguidos
    • Diálogo Ecumênico
    • Diálogo inter-religioso
    • Igreja a Caminho
    • Fé e Ciência
  • Controvérsias
    • Sexo e Gênero
  • Política
    • Capitalismo-Mercado
    • Direita europeia
    • Direitos humanos
    • distribuição de renda
    • Economia
    • Fé e Política
    • Geopolítica
    • Genocídio
    • Guerra
    • IsraelXPalestina
    • Igreja e Política
    • Médio Oriente conturbado
    • Mundo em mudança
    • Paz e Guerra
  • Artigos
    • A Palavra de Francisco
    • caminho de paz
    • casados segunda vez
    • Ecumenismo
    • Esquerda-Direita
    • Francisco
    • Fundamentalismos
    • Gênero
    • matrimônio
    • Mídia Democrática
    • Segurança Alimentar
    • Sexualidade e Família
    • Sínodo da Família
    • Soberania Alimentar
    • Testemunhos
    • Tolerância e Intolerância
    • Violência
  • Religião
    • Igrejas
    • Igreja no Brasil
    • Igreja perseguida
    • Jesus histórico
    • Mulheres e Igreja
    • Religiões
    • Teologia
    • Teologias da Libertação
    • Vaticano em mudança
 
Associação Rumos

Associação Rumos

Movimento Nacional das Famílias dos Padres Casados

ComentáriosPor EmailPosts
« França, agora os filhos dos padres também poderão ser reconhecidos  
Início
  A maior mobilização da história do Brasil: desafios »

O dia em que o governo perdeu as ruas


Foto: Marcelo Camargo / Ag. Brasil
Antonio Martins – 16 Maio 2019
Menos de seis meses após a posse, centenas de milhares protestam contra Bolsonaro. Atos sugerem caminho para enfrentar ultra-capitalismo e ignorância, mas expõem lacuna: falta saída alternativa.

O artigo é de Antonio Martins, jornalista, publicado por OutrasPalavras, 15-05-2019.

Eis o artigo.

Saiu melhor que a encomenda. Os sinais de que a oposição aos cortes de verbas na Educação e Ciência era potente, visíveis há dias em centenas de assembleias, desaguaram caudalosos nas ruas. Mais de cem mil pessoas no Rio, Recife e em São Paulo.

Dezenas de milhares em Salvador, Fortaleza, Belém, Brasília, Belo Horizonte, Florianópolis, São Luís e Porto Alegre. Centenas de cidades com protestos numerosos. Mais uma vez, ficou claro que a hipótese de “onda de apatia” é falsa.

  • A tentativa de submeter o Brasil à tirania dupla do ultracapitalismo e do obscurantismo cultural e comportamental
  • tem brechas e contradições.
  • Elas vão se manifestar com mais frequência, daqui em diante.
  • Quando houver sabedoria política – como nas últimas semanas – irão se traduzir em novas derrotas, e provocar divisões no bloco conservador.

Foto: Outras Palavras

 

No caso da Educação, a grande fissura foi cavada pelo próprio ministro. Ele chegou ao posto porque a ala lunática da coalizão governamental, responsável por dar ao presidente algum verniz antiestablishment o exigiu. Mas foi o caráter provocador de Weintraubque o levou

  • a “politizar” os cortes de verbas;
  • a transformar o que o neoliberalismo atribui a puro cálculo matemático em punição por “balbúrdia”;
  • a despertar a indignação dos estudantes e encher as ruas.

As entidades estudantis foram sagazes. UNE e UBES compreenderam que

  • seriam tanto mais fortes
  • quanto mais respeitassem a autonomia,  iniciativa e criatividade das escolas e universidades.

Nas manifestações, não houve dirigismo relevante – e, na maior parte dos casos, nem carros de som. Esta abertura é de enorme importância, porque até o momento parece faltar, por exemplo, às centrais sindicais, na luta contra o desmonte da Previdência pública.

A massividade e a popularidade dos protestos provocaram um curioso efeito na velha mídia.

  • Até ontem, este outro ator essencial para a vitória de Bolsonaro ignorava os preparativos para a grande mobilização.
  • Certamente, preferiria que esta não ocorresse.
  • Mas quando se tornou incontornável, as TVs e os jornais adotaram um estratagema ambíguo – e engenhoso, do ponto de vista de seus interesses.

A manifestação era legítima porque Weintraub – e também o presidente – foram grosseiros e arrogantes, o que não condiz com as boas maneiras da política institucional… Mas os cortes seriam necessários – afinal, a economia está em declínio e o governo não tem como produzir riquezas, segundo a lógica hegemônica.

Portanto,

  • os estudantes e professores têm razão,
  • desde que ousem criticar apenas o personagem caricato, nunca o sistema que o ampara.

Um comportamento ambíguo foi adotado, no mundo parlamentar, pela maioria do Congresso – cuja expressão maior é o Centrão.

  • Uma vasta maioria de parlamentares do grupo impôs uma derrota humilhante ao governo ontem,
  • quando o ministro Weintraub foi convocado, a contragosto, a explicar-se no Congresso.

Mas hoje, quando ele compareceu ao Parlamento e fingiu alguma civilidade, mesclando o fundamentalismo com a defesa da ortodoxia econômica (além de se amparar na simploriedade de uma fala francamente pueril), a valentia do “Centrão” se desfez e o governo evitou que a fissura se transformasse em abismo inconsertável.

A postura de Bolsonaro foi mais áspera.

  • De Dallas, ele atacou, grosseiro, os manifestantes (“massa de manobra”, “idiotas úteis”, que “não sabem quanto é sete vezes oito, nem a fórmula da água”).
  • Talvez seja sua empáfia ignorante: a crença de que, por ter vencido as eleições com postura ultrabeligerante, poderá mantê-la agora, quando se espera que governe).
  • Talvez, seja um cálculo político esperto, visando a própria sobrevivência: que restará de Bolsonaro, se até sua imagem se reduzir à de um político tradicional, agora que sua presidência mostra-se tão desencantadora, tão incapaz de resolver os problemas do país?

Mas esta atitude beligerante terá um preço. À medida em que o governo naufraga, e em que o presidente insiste em fazer o papel de outsider, irá se converter em candidato a bode expiatório fácil de ser sacrificado – inclusive pelos neoliberais “clássicos”. É o que mostram, por exemplo, as manchetes cada vez mais críticas da Folha.

Ou, muito mais importante,

  • o espaço que todos os jornais dão às investigações do Ministério Público
  • sobre a íntima relação entre a famiglia Bolsonaro e as milícias cariocas.

Em meio a tantos êxitos, o tsunami da Educação voltou a evidenciar uma imensa lacuna política. 

  • Não há, na esquerda institucional brasileira, crítica ao núcleo do projeto neoliberal – apenas a suas bordas.
  • Esta ausência ficou clara nas reações, no fundo tímidas, à fala de Weintraub no Congresso.
  • Fez-se a contestação fácil a seu fundamentalismo, a seus ataques gratuitos.
  • Debateu-se a amplitude de seus cortes. Seriam maiores ou menores que os de Dilma, na reviravolta pós-eleitoral de 2015?

Mas não houve oposição a uma lógica:

  • a de que o Estado deve funcionar como se fosse uma empresa, buscando o lucro;
  • ou ao menos examinando, com olhar de contador, as planilhas de receita e despesa do Fisco.

Estar em sintonia com o tsunami de hoje exigiria outra coragem. Dizer (como fazem Alejandra Ocasio nos EUA, Jeremy Corbyn na Grã-Bretanha ou mesmo Pedro Sánchez, na Espanha) que o Estado precisa – e tem elementos para – perseguir outras éticas.

  • Bem-estar para todos.
  • Redução das desigualdades.
  • Proteção do meio ambiente.
  • Geração de ocupações.

Ou ainda mais concretamente, nas condições brasileiras:

  • esboço de um novo programa.
  • Garantia de que as periferias deixarão de ser as senzalas pós-modernas.
  • Cidades sem cercas – e livres da ditadura do automóvel e do cimento.
  • Agricultura sem ruralismo e sem venenos.
  • Enfrentamento da crise laboral, com Renda da Cidadania e serviços públicos de excelência.
  • Oferta, pelo Estado, de um posto de trabalho — com direitos — a quem queira participar do novo projeto de país.

Parece muito difícil, porque a esquerda institucional

  • foi poder, por treze anos,
  • e não rompeu com as velhas lógicas.

Mas será cada vez mais necessário se quisermos, ao invés de nos voltar para o passado, construir as condições para superar o neoliberalismoagora.

 

Resultado de imagem para antonio martins

Antonio Martins

Fontes: http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/589195-o-dia-em-que-o-governo-perdeu-as-ruas

https://outraspalavras.net/movimentoserebeldias/o-dia-em-que-o-governo-perdeu-as-ruas/

 

.

Leia mais:

  • #15M Dia Nacional de Greve na Educação
  • Mobilização por educação confronta bolsonaristas nas redes e testa força nas ruas
  • A democracia em xeque-mate frente às fake news. Entrevista especial com Fabrício Benevenuto
  • Internet é uma máquina que potencializa minorias. Entrevista especial com Fábio Malini
  • Pais, alunos e professores de escolas particulares aderem à paralisação em defesa da educação
  • Em nova derrota do governo, ministro da Educação é convocado para falar no plenário da Câmara
  • Bloqueio na educação profissional chega a R$ 1,18 bilhão
  • Cortes e ataques às universidades públicas catalisam mobilização contra Bolsonaro
  • Punir universidade por conhecimento que não convém ao governo é inconstitucional, diz diretor do Direito da USP
  • Educação abre resistência popular a Bolsonaro
  • Entenda as armas bolsonaristas na guerra às universidades
  • Corte de 30% na verba de universidades federais fere a Constituição, dizem juristas
  • Abraham Weintraub, um segundo ‘olavete’ no MEC para gerir a “terra arrasada”
  • Irmãos Weintraub defendem adaptar teoria de Olavo de Carvalho para vencer a esquerda
  • As redes sociais prejudicam seriamente a humanidade
  • Dia da Mentira vira ‘Bolsonaro Day’ nas redes sociais
  • As agressões nas redes sociais. Entrevista com Martín Becerra e Ernesto Calvo
  • A máquina de ‘fake news’ nos grupos a favor de Bolsonaro no WhatsApp
  • Bolsonaro coloca executivo do mercado financeiro como ministro da Educação
  • Punir universidade por conhecimento que não convém ao governo é inconstitucional, diz diretor do Direito da USP
  • Bolsonaro e Doria atacam a autonomia das universidades
  • A ciência versus Bolsonaro
  • Educação, o primeiro ‘front’ da guerra cultural do Governo Bolsonaro
  • Com greve geral na mira, centrais finalizam preparação do 1º de Maio
  • No deserto da imaginação, o florescer da Primavera Secundarista
  • Secundaristas inauguram novas práticas políticas. Entrevista especial com Rosemary Segurado
  • Secundaristas: a potência das novas ocupações
  • Ministro da Educação deve ser enquadrado pelas violações administrativas, penais e constitucionais, afirma ex-reitor da UnB
  • Janine Ribeiro: para governo, educação não é promessa, é ameaça
  • “A desinformação sobre as Universidades Públicas é proposital e tem a intenção de justificar o discurso privatista”. Entrevista com Mônica Ribeiro
  • Equipe de Bolsonaro quer cobrança de mensalidade em universidades federais
  • ‘Não podemos permitir que a educação seja um serviço como qualquer outro’
  • Quem tem medo da filosofia?
  • O que C. S. Lewis diria da proposta de redução de investimentos em Filosofia e Sociologia no Brasil
  • Por que a filosofia é importante no ensino de ciência nas universidades
  • A filosofia é o conhecimento da dor. Artigo de Umberto Eco
  • Filosofia não é ciência e está fadada a desaparecer, afirma pesquisador

 

 

18 de maio de 2019 | Categoria: Autoritarismo, Ciência e Tecnologia, Crise Civilizatória, Educação para o Mercado ou para a Vida?, Educação para o Senso Crítico, Falsos moralismos da direita, Fascismo, Olavo de Carvalho, Paranoia anti-comunista e anti-esquerdista no governo Bolsonaro, Paulo Freire

Leave a Reply Cancel reply

You can use these HTML tags

<a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

  

  

  

Tópicos recentes

  • Começa a disputa EUA x China na Era Biden
  • CNBB: bispos reunidos em assembleia divulgam mensagem ao povo brasileiro
  • China. Virando a maré com vacinas eficazes?
  • STF decide manter CPI da Pandemia
  • Marcos Nobre e a construção do pós-Bolsonaro
  • Os apelos de Bergoglio e as ideias de Küng: quando a Igreja se descobre “comunista”
  • As filhas que romperam com os pais genocidas
  • Este homem és tu, senhor presidente!
  • Le Monde destaca como os EUA usaram a Lava Jato em benefício de interesses próprios
  • Simpósio Teológico Internacional: uma reflexão sobre o sacerdócio
  • Mundo ainda tem países sem uma única dose de vacina
  • ISOLAMENTO MILITAR
  • Jesus e a Igreja. 1
  • Cardeal Pietro Parolin: “Muitos católicos não entendem que o ensino da Igreja pode ser atualizado”
  • Covid-19: Papa desafia Banco Mundial e FMI a promover financiamento solidário das vacinas

Comentários

  • J C Cardoso de Sousa em CNBB: bispos reunidos em assembleia divulgam mensagem ao povo brasileiro
  • Herminia Braulio em Simpósio Teológico Internacional: uma reflexão sobre o sacerdócio
  • Herminia Braulio em Covid-19: Papa desafia Banco Mundial e FMI a promover financiamento solidário das vacinas
  • António Tavares em Morreu Hans Küng, célebre e polêmico teólogo suíço
  • Herminia Braulio em As aventuras belicosas de um império caduco


Locations of visitors to this page

Metadados

  • Acessar
  • Posts RSS
  • RSS dos comentários
  • WordPress.org
Copyright © 2021 Associação Rumos - Todos os direitos reservados
Powered by WordPress & Atahualpa