Redação com agências – 04 mar, 2019
Fim iminente do acordo não escapou a escárnio no carnaval em Düsseldorf, Alemanha. Foto: Wolfgang Rattay/Reuters
Acordo está em vigor desde 1987 para controlar armamento produzido por russos e norte-americanos. Passo surge em resposta a Donald Trump, que decidiu retirar os EUA do acordo no final do ano passado.
Assinado em 1987 entre o então Presidente norte-americano Ronald Reagan e o seu homólogo russo, Mikhail Gorbachev, o INF representou um marco na relação entre as duas potências mundiais durante a Guerra Fria.
O tratado estabelece limites ao alcance dos mísseis balísticos e de cruzeiro produzidos pelos dois países (entre os 500 e os cinco mil quilómetros); os mísseis lançados do mar não estão abrangidos por esse limite.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou esta segunda-feira um decreto para formalizar a suspensão do INF, o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio celebrado entre Moscovo e os EUA em 1987 para controlar o desenvolvimento de armas nucleares pelas duas potências no rescaldo da Guerra Fria.
O anúncio foi feito pelo Kremlin, um mês depois de o Governo de Putin ter anunciado a sua intenção de suspender o tratado no seguimento da mesma decisão pelo Presidente dos EUA, Donald Trump.
Washington acusa Putin de ter violado alíneas do acordo nuclear, alegações que os russos desmentem. Moscovo já devolveu a mesma acusação aos EUA, que também negam as alegadas violações do tratado.
O INF celebrado entre Moscovo e os EUA em 1987 entre Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev / Wikipedia
No texto do decreto, Putin diz que o acordo ficará suspenso enquanto os EUA continuarem a violá-lo e ordena ao Ministério dos Negócios Estrangeiros que informe os signatários do INF da decisão russa de o suspender.
Assinado em 1987 entre o então Presidente norte-americano Ronald Reagan e o seu homólogo russo, Mikhail Gorbachev, o INF representou um marco na relação entre as duas potências mundiais durante a Guerra Fria.
O tratado estabelece limites ao alcance dos mísseis balísticos e de cruzeiro produzidos pelos dois países (entre os 500 e os cinco mil quilómetros); os mísseis lançados do mar não estão abrangidos por esse limite.
O acordo pôs fim à crise desencadeada na década de 1980 com a implantação dos SS-20 soviéticos, que tinham capitais ocidentais como alvo. Oferece também, por isso, uma espécie de cápsula de proteção aos países europeus aliados dos Estados Unidos.
Passados três anos da entrada em vigor do INF, tinham sido destruídos 2.692 mísseis. Seguiram-se 10 anos de inspeções aos arsenais dos dois países.
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