Foto: Vatican-News
Tradução Tradução: Orlando Almeida, Goiânia – GO
A crise que tem atormentado a igreja não é uma crise do clero, mas o resultado do comportamento de bispos primeiro impotentes e depois iludidos, achando que bastaria repetir frases como “tolerância zero” e “vergonha” para curar uma ferida que não se podia remediar concentrando os processos em Roma, mas sim libertando-se do demônio do clericalismo e da heresia de uma “honra” ‘igrejista’, que não existe no cristianismo.
O risco de que essa assembleia se concentre em dispositivos legais é grande.
Serão realizados em 2019 dois encontros que marcarão a que marcarão a história do papado de Francisco e do catolicismo romano do século XXI.
O primeiro encontro será a reunião dos presidentes das conferências episcopais no final de fevereiro, sobre a pedofilia no clero.
Esta assembleia exprime
- uma sinodalidade a partir de baixo (com exceção da Itália, os presidentes das conferências episcopais são eleitos)
- e uma autoridade única. Necessária para quebrar um feitiço.
A crise que tem atormentado a igreja
- não é uma crise do clero,
- mas o resultado do comportamento de bispos primeiro impotentes e depois iludidos,
- achando que bastaria repetir frases como “tolerância zero” e “vergonha” para curar uma ferida
- que não se podia remediar concentrando os processos em Roma,
- mas sim libertando-se do demônio do clericalismo e da heresia de uma “honra” ‘igrejista’, que não existe no cristianismo.
O risco de que essa assembleia se concentre em dispositivos legais é grande.
O papa Francisco indicou recentemente um caminho, que é o único compatível com a justiça necessária e o perdão:
- entregar sem hesitação os culpados e os suspeitos à justiça civil,
- cuidar das suas vítimas.
Se os bispos seguirem este caminho, a crise acabará. Se se perderem na busca da repressão “católica” de um crime enorme, a crise se tornará a arma a ser usada antes, durante e após o conclave de ‘doismilseilaquando’.
O segundo encontro é o sínodo da Amazônia convocado para Roma em outubro.
- A desoladora esperteza dos grandes episcopados,
- a covardia dos teólogos carentes de valorização hierárquica
- e os estrategistas dos movimentos eclesiais
fizeram com que
- diante do declínio quantitativo e qualitativo do clero (que já dura quase dois séculos)
- todos fingissem não saber de nada.
Por isso caberá aos bispos da Amazônia dizer que a Eucaristia, que é o centro da vida cristã, é mais importante que o celibato: e serão eles que irão pedir e obter que
- os sacerdotes sejam escolhidos não só entre aqueles que têm vocação celibatária,
- que talvez devesse ser testada por um tempo mais longo,
- mas também entre aqueles que têm vocação conjugal.
Alberto Melloni
Fonte:https://ilsismografo.blogspot.com/2018/12/vaticano-i-capi-dei-vescovi-contro-gli.html
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