Público – 8/12/2017
Questão de Jerusalém foi discutida na ONU a pedido de aliados ocidentais.
Washington critica “ataques injustos” a Israel.
Trump alterou uma posição que durava há décadas e, com isso, suscitou uma resposta violenta entre palestinianos, para quem Jerusalém tem igual importância cultural, religiosa e política. O “dia da raiva” desta sexta-feira levou milhares de palestinianos às ruas, dezenas de feridos e pelo menos uma pessoa morreu em confrontos com tropas israelitas.
Numa declaração conjunta após a reunião, os representantes europeus criticaram o anúncio de Donald Trump, que implica a transferência da embaixada norte-americana de Telavive para Jerusalém. Consideraram que a decisão “não ajuda em termos de perspectivas para a paz na região [Médio Oriente]”.
“Estamos disponíveis para contribuir para todos os esforços credíveis de reiniciar o processo de paz, na base de parâmetros que mereçam acordo internacional, que conduza a uma solução de dois Estados”, afirmaram estes representantes. “Encorajamos a Administração dos EUA a apresentar-nos em detalhe as suas propostas para um acordo entre Israel e Palestina.”
O embaixador egípcio na ONU, Amr Aboulatta, destacou o “grave e negativo impacto” que a decisão agora tomada pela Casa Branca representa para o processo de paz. Porém, para a representante norte-americana, a embaixadora Nikki Haley, o que se passa é precisamente o contrário. E a ONU pouco tem feito para ajudar.
“Israel nunca será, e nunca deve ser, forçada a um acordo pela ONU ou por qualquer colecção de países que já demonstraram o seu desrespeito para com a segurança israelita”, sustentou a embaixadora dos EUA. A mesma responsável reafirmou o empenho da Administração Trump no processo de paz, notando que Washington não tomou posição sobre as fronteiras de Jerusalém, limites e não defendeu qualquer alteração aos acordos relativos aos sítios sagrados na cidade.
“As nossas decisões destinam-se a fazer a paz avançar”, declarou Haley. “Acreditamos que podemos estar mais perto da paz do que alguma vez estivemos”, insistiu.
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Entre a ira árabe e os receios dos aliados ocidentais de Washington, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) reuni-se nesta sexta-feira. A reunião realizou-se a pedido de oito dos 15 membros deste órgão: Reino Unido, França, Suécia, Bolívia, Uruguai, Itália, Senegal e Egipto.
Numa declaração conjunta após a reunião, os representantes europeus
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