Nos primeiros séculos do cristianismo, embora se valorizasse a opção pelo celibato, ela não era impeditiva da ordenação.
A comunidade gerava os seus líderes e escolhia os que poderiam presidir à eucaristia e perdoar os pecados.
Um pouco como acontece hoje em algumas ordens monásticas, nas quais, de entre os seus membros, se escolhem os que possam assumir esse serviço aos irmãos, nunca entendido como uma promoção ou – o que é pior ainda – como o exercício de um poder vedado a outros, ou uma carreira.
Os casos de padres com filhos, como o que foi revelado há dias no Funchal, são sempre pretexto para pôr em causa o celibato e pedir à Igreja que “deixe casar os padres”. Esta é uma má forma de pôr a questão. O que a Igreja deve refletir é
Nos primeiros séculos do cristianismo,
embora se valorizasse a opção pelo celibato,
ela não era impeditiva da ordenação.
A comunidade gerava os seus líderes e escolhia os que poderiam presidir à eucaristia e perdoar os pecados. Um pouco como acontece hoje em algumas ordens monásticas, nas quais, de entre os seus membros,
se escolhem os que possam assumir esse serviço aos irmãos,
nunca entendido como uma promoção
ou – o que é pior ainda – como o exercício de um poder vedado a outros, ou uma carreira.
Nesta perspetiva, porventura mais coerente e próxima do cristianismo dos tempos apostólicos,
a vocação ao sacerdócio deixaria de ser uma opção tão pessoal e individual, como acontece hoje em dia,
para envolver muito mais a comunidade, porque mais orientada para servi-la.
Estes casos
nunca são benéficos,
mas podem ser uma oportunidade para aprofundar a reflexão
e implementar medidas para os prevenir e evitar no futuro, tanto quanto isso é possível.
Na verdade, por mais que se faça, como a Igreja é constituída por homens e mulheres que falham – ou, se preferirmos a linguagem religiosa, que pecam – eles nunca serão totalmente erradicados.
Leave a Reply