Em nota enviada à imprensa na noite de quinta-feira, o MAM defendeu-se das vozes que se indignaram com o vídeo.
“A sala estava devidamente sinalizada sobre o teor da apresentação, incluindo a nudez artística, seguindo o procedimento regularmente adoptado pela instituição de informar os visitantes quanto a temas sensíveis. O trabalho apresentado na ocasião não tem conteúdo erótico”, escreveram os representantes da instituição. “O material apresentado nas plataformas digitais não apresenta este contexto e não informa que a criança que aparece no vídeo estava acompanhada e supervisionada por sua mãe”, acrescentam.
O comunicado surgiu depois de vozes como as de Jair Bolsonaro, deputado federal pelo Rio do Janeiro, polémico pelas declarações racistas, homofóbicas e misóginas proferidas ao longo dos anos, ter utilizado a sua conta de Twitter para apelidar os responsáveis pelo sucedido de “canalhas, mil vezes canalhas”: “cenas que revoltam… uma criança é estimulada a tocar homem nu ‘em nome da cultura’”, escreveu.
“Já estão utilizando eventos de cunho cultural para erotizarem crianças, o próximo passo será qual? Criarão políticas públicas para induzirem a erotização infantil também?”,
lia-se no Twitter do movimento -, extravasou as redes sociais e provocou uma manifestação de algumas dezenas de pessoas frente ao MAM, bem como a acção do Ministério Público do Estado de São Paulo, que anunciou sexta-feira a abertura de um inquérito civil para investigar denúncias sobre a performance, noticia o jornal O Globo.
Foto in: http://www.portalr10.com/images/noticias/271/121839399.jpg
O MAM voltou a abordar o tema no mesmo dia,
- afirmando que a polémica em volta da performance era “resultado de desinformação, deturpação do contexto e do significado da obra”
- e classificando a reacção nas redes sociais como “manifestações de ódio e de intimidação à liberdade de expressão”.
A polémica surge depois de, dia 10 de Setembro,
O Movimento Brasil Livre acusava a exposição, que contava com trabalhos de Bia Leite, Adriana Verajão ou da mesma Lygia Clark que inspirou La Bête, de albergar obras que faziam a apologia da pedofilia e zoofilia
Esta quinta-feira, o Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul
- recomendou ao Santander a reabertura imediata da exposição e a sua manutenção até à data prevista de encerramento, a 8 de Outubro.
- O Santander reafirmou no dia seguinte que esta não seria reaberta.
Fabiano de Moraes, procurador geral dos Direitos do Cidadão, escreveu no documento em que recomendava a reabertura da exposição que
“o fechamento de uma exposição artística causa um efeito deletério a toda a liberdade de expressão artística, trazendo à memória situações perigosas da história da Humanidade como as envolvendo a ‘Arte Degenerada’, com a destruição de obras na Alemanha durante o período de governo nazi”.
Negou igualmente o fundamento dos críticos da mostra:
“As obras que trouxeram maior revolta em postagens nas redes sociais não têm qualquer apologia ou incentivo à pedofilia.”
Público – Lisboa
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Será que teria tido tanta revolta se em vez de um homem fosse uma mulher nua?????
Eu não acho errado, por causa que a arte é o reflexo da sociedade, se a sociedade está assim, porque as pessoas estão nesse alvoroço todo aumentando o que realmente é.
MEU DEUS !!! onde a humanidade vai parar, se isso for arte, eu nao sei de mais nada.