“Fiquem atentos”, tinha dito antes Tillerson. “Temos linhas de comunicação com Pyongyang”. O objectivo, explicou o chefe da diplomacia dos EUA, era para “avaliar” a disponibilidade de Pyongyang para conversações sobre a desnuclearização.
A Coreia do Norte e os EUA envolveram-se numa escalada de retórica nos últimos meses, com ameaças mútuas de ataque devido aos ensaios nucleares e de mísseis balísticos realizados pelo regime de Kim Jong-un. EUA e Coreia do Sul têm realizados exercícios militares, numa demonstração de força por parte de Washington. Trump prometeu aniquilar a Coreia do Norte no discurso que proferiu na Assembleia Geral das Nações Unidas, há duas semanas – disse que Kim está “numa missão suicida”.
No mês passado, Trump chegou a dizer que “as conversações não são a solução” para a Coreia do Norte.
Tillerson confirmou que existe um canal aberto porque a Administração Trump quer perceber se, em Pyongyang, há margem para conversações destinadas a arrancar de Kim Jong-un um compromisso para pôr fim aos dois programas de armamento.
O anúncio de Tillerson – confirmado por Trump no Twitter – foi feito após uma reunião com o Presidente chinês, Xi Jinping, que pediu a Pequim e Washington para se respeitarem mutuamente e reforçarem a coordenação quanto aos grandes problemas mundiais – nas declarações de Xi, nota o jornal de Hong Kong em língua inglesa South China Morning Post, não houve qualquer referência à Coreia do Norte.
China e EUA têm soluções distintas para lidar com a Coreia do Norte, sendo que a Administração Trump tem exigido a Pequim que pressione mais o aliado norte-coreano. O Governo de Xi tem defendido uma solução dialogada.
A China, porém, está a mostrar-se mais dura em relação à Coreia do Norte, através da aplicação de sanções que provoquem danos na economia do país vizinho, conforme foi decidido pelo Conselho de Segurança da ONU.
A Casa Branca anunciou que, a 15 de Outubro, Trump dará início a um périplo na Ásia cujo tema central será encontrar uma solução para a crise aberta pelos testes norte-coreanos. O Presidente dos EUA irá à China, Japão, Coreia do Sul, Vietname e Filipinas.
Público
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