Sem nunca o mencionar, a chanceler fez o balanço da participação de Donald Trump nos dois fóruns internacionais. “Nós, europeus, temos de agarrar as rédeas do nosso próprio destino”, disse.
28 de Maio de 2017
Angela Merkel não mencionou o nome do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deixou críticas aos países da Aliança Atlântica e não se comprometeu com a aplicação do Acordo de Paris sobre alteraçõess climáticas. Porém, disse em Munique que os dias em que a Europa sabia que os países podiam contar uns com os outros “terminaram”.
“Comprovei isso nos últimos dias”, disse Merkel. “E é por isso que só posso dizer que nós, europeus, temos de agarrar as rédeas do nosso próprio destino – mantendo, claro, a nossa amizade com os Estados Unidos, com o Reino Unido e na medida do que for possível com os outros países, mesmo com a Rússia”. “Mas temos que saber que termos que ser nós a lutar pelo nosso futuro e pelo nosso futuro como europeus”.
A cimeira do G7, que se realizou sexta-feira e sábado em Itália, foi testemunha das divergências entre Trump e os líderes da Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá e Japão, sobre muitos temas, com os diplomatas europeus frustrados e a terem de regressar a assuntos que acreditavam já estarem encerrados.
Trump
- aceitou, na declaração final, o compromisso de combater o proteccionismo,
- mas recusou aceitar o Acordo de Paris dizendo que precisa de mais tempo para decidir.
Apesar das declarações da chanceler alemã, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse estar mais optimista agora do que em Novembro de 2016 sobre as relações entre Trump e a UE. “Estou seguro, apesar de certas coisas extraordinárias… expressões, comportamentos, etc., etc., de que os nossos parceiros no G7 são mais responsáveis do que dizia a primeira impressão, após as eleições nos EUA”, disse Tusk.
Fonte: https://www.publico.pt/2017/05/28/mundo/noticia/apos-cimeiras-da-nato-e-g7-merkel-diz-que-ja-nao-se-pode-confiar-nos-aliados-1773758
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